quarta-feira, 7 de abril de 2010

DUAS VIDAS, DOIS DESTINOS

  Lendo o livro PELA ESTRADA DA VIDA, cujo personagem retrata as peripécias do meu passado de menino de engenho, menino da roça, menino da Escola Rural, lutando por um lugarzinho independente sobre o solo Pátrio. O amigo de infância: Francisco Alves Goveia, “o FRANCIMAR". Ficou deveras impressionado com os pormenores de funcionalidade do autor, este seu conterrâneo José Pereira Barros, "o Zequinha". Dotado de qualidades poéticas, o conterrâneo debruçou-se à mesa e escreveu, com muito brio, boa vontade e amor, um caderno de belas poesias, fazendo uma comparação entre a vida de ambos, na seqüência da vida. Impressionado, também, com a sua espontaneidade e sagacidade nas comparações feitas, sinto-me feliz em tornar sua escrita no livrinho de Cordel: Duas vidas, dois destinos.
Em tempo:
A memória do poeta Francimar quem promovia no Conjunto Esperança, bairro de Fortaleza –CE, as festividades do sábado de aleluia, com recital de testamento de Judas. Colaboração: José Pereira Barros

(...) Eu  hoje pego na pena
Resolvendo a escrever
Esta história em cordel
Para quem gostar de ler
Falando de dois meninos
Que seguiram seus destinos
Diferente no viver.

Esta história ela é inédita
Pois agora eu vou contar
O dote de dois meninos
Que viviam a trabalhar
E um encontrou lá fora
Um meio para estudar.

O Zequinha do Cilino
Sendo este o nome seu
Quase de menor de idade
Mas num dia resolveu
Deixar a paternidade
E também sua mocidade
Do lugar onde nasceu.

(...)Zequinha, com seu estudo
Fez até vestibular
Francimar queimava o mato
Pra depois encoivarar
Era um muito letrado
Porém outro atrasado
Porque não pôde estudar.

(...) Somos já dois anciões
Concernente à velha idade
Mas com bastante prazer
Temos a felicidade
De ainda relembrar
Quando estávamos na Faísca
No tempo da mocidade.

Para não dizerem que não falei das flores de Major Facundo

Publicado por Jana.bras em 06 nov 2009

       A memória ficou presa no texto de ontem quando citei de maneira breve o senhor Major Facundo, figura marcada da história de nossa cidade. Refletida no espelho, os privilegiados da sociedade, muitas das vezes, enojam de si. Por esse motivo, transcrevo um trecho do cordel de Guaipuan Vieira intitulado “As Ruas de Fortaleza em Cordel”:
        Esse e outros tantos cordéis podem ser encontrados na banca de cordéis da Praça dos Correios no lado da Rua General Bezerril. Seu Elias fica lá durante o horário comercial, e, se você pedir com jeitinho, ele canta um repente improvisado no ato. Fale alto que ele está ruim das oiças.

Fonte: http://www.fortalezanocentro.com.br/para-nao-dizerem-que-nao-falei-das-flores-de-major-facundo/


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