terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Universia disponibiliza títulos de cordel na web
O sucesso da novela Cordel Encantado foi uma boa amostra do poder de sedução do gênero literário tipicamente brasileiro, especificamente da região Nordeste. E as novidades no resgate da literatura de cordel não param aí. Agora, com um clique, o universo do sertão nordestino se descortina na tela do computador. A Universia Brasil acaba de disponibilizar 40 folhetos de literatura de cordel para baixar gratuitamente pela internet.
Integrante da maior rede ibero-americana de colaboração universitária, a Universia reuniu uma lista de obras de grandes autores do gênero, muitos deles membros da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), como Leandro Gomes de Barros, Guaipuan Vieira e João Martins de Athayde. O estilo literário mais popular no Nordeste é escrito em geral de forma rimada, ilustrado com xilogravuras, com os livros, produzidos de forma manual pelo próprio autor, e expostos em barbantes.
De maneira jocosa e com linguajar informal e regionalizado, a literatura de cordel reproduz narrativas tradicionais transmitidas oralmente, mostrando o cotidiano do povo nordestino, suas aventuras, histórias de amor, disputas, humor, ficção, temas religiosos e até mesmo jornalísticos, quando conta fatos isolados. Outra característica são os recursos textuais exagerados, com inserção de mitos, lendas e ironia para fazer críticas sociais e políticas.
Como muitos itens que compõem a cultura brasileira, a literatura de cordel tem remotamente sua origem em Portugal, mas ganhou vida mesmo no Nordeste brasileiro. Os autores das poesias se denominam trovadores e declamam — ou cantam — suas histórias, acompanhados por uma viola. Essa modalidade impressa de poesia já foi muito estigmatizada devido à sua simplicidade, mas hoje é bem aceita, respeitada e considerada um bem cultural imaterial do Brasil.
Além do acervo de 13 mil títulos da ABLC, associação criada em 1988 no Rio de Janeiro, com o propósito de valorizar e resgatar o gênero literário, a Biblioteca Nacional lançou este mês uma campanha de incentivo ao registro dos cordéis. Até o momento, conta com 2 mil folhetos em seu acervo.

Leia mais na edição do Correio Popular deste domingo

FONTE: http://correio.rac.com.br/

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

ACADEMIA CARUARUENSE DE LITERATURA DE CORDEL - ACLC

Engajada na preservação, divulgação e conquista de novos seguidores da literatura de cordel, a ACLC lança em Caruaru (PE) o projeto CORDEL NAS ESCOLAS. O porjeto é administrado pelos cordelistas Nelson Lima,Nerisvaldo Alves,Luciano Dionísio, Erisson Porto, Alegário Fernandes e Luciano Leonel.
No Ceará se destacam dois grandes Projetos: Cordel sempre vivo na sala de aula(Cecordel) e Acorda Cordel na Sala de Aula, (Tupynamquim Editora). Apresentamos o projeto da ACLC:

APRESENTAÇÃO

Um trabalho educativo-cultural-artístico, elaborado para trabalhar minuciosamente a Literatura de Cordel, focalizando A História da Nossa Cidade - Caruaru. Aulas ministradas nas escolas do município.

JUSTIFICATIVA
        Aliando cultura à educação com engajamento e compromisso social o Projeto Cordel nas Escolas, tem se apresentado como uma experiência rica e com visibilidade significativa quanto à contribuição do processo de formação da criança e do jovem de Caruaru. Nos últimos três anos a literatura popular ganhou novo fôlego em nossa cidade e isso fez com que penetrasse nos espaços educativos. A experiência com alunos e alunas do Ensino Fundamental se apresenta como uma expressão viva da valorização da cultura. Com aulas especialmente programadas em prol da conservação da identidade popular.
       O ambiente multicultural da escola pública oferece grandes possibilidades para que ocorram freqüentes interações entre alunos e alunas de diferentes classes e grupos sociais, oportunizando a prática da tolerância no confronto, inevitável, de valores éticos, lingüísticos, morais, religiosos, econômicos e sociais. A Escola Pública é um fórum privilegiado para o exame das interações entre esses sujeitos, mediados pedagogicamente, porque se constitui num meio sócio-culturalmente rico e diversificado. O desenvolvimento cultural e crescimento pessoal dos educandos estimulam a superação de posturas preconceituosas e violentas, democratizando o círculo de amizades e de trocas de experiências.
       A literatura com rima e ritmo, favorece a aprendizagem e estimula a valorização do lugar de pertencimento, ao mesmo tempo em que proporciona aos estudantes vislumbrar novas perspectivas de assimilação e de busca do conhecimento.
            Nessa direção, o Projeto revela-se como espaço de reflexão da realidade dos seus artistas e de seu público, através do uso da história (oral), da poesia e do imaginário coletivo e individual.

OBJETIVO GERAL

          Desenvolver a partir do contato com a literatura de cordel uma atitude de valorização da cultura, tendo a perspectiva lúdica como eixo e a linguagem musical e cênica como elementos indispensáveis para essa vivência.
 Específicos
*Possibilitar ao(a) aluno(a) a arte de compor cordel, entre o fazer histórico, o pensar social e a resistência da raiz;
*Conhecer artistas e personagens que marcaram e marcam época em nossa cidade e região;
*Implantar elementos novos sem deixar que a manifestação popular perca sua originalidade e identidade própria;
*Descobrir talentos, fortalecendo a valorização da cultura popular;
*Fortalecer o compromisso social dos espaços educativos, contribuindo com a formação da criança e do jovem nos espaços escolares;

 ESTRATÉGIA

        A proposta para esse novo tempo parte da necessidade de trabalhar, principalmente: origem; aspecto e estrutura; oração, métrica e rima; categoria, classificação e tipos, assim como a musicalidade e teatralidade do cordel. Dessa forma o trabalho com a literatura de cordel vai apostando numa relação com o conhecimento cada vez mais prazerosa e numa perspectiva inter e transdisciplinar.
        Trabalhar com a arte – poesia, representação e musicalidade, pode ser um aliado criativo para a experiência com a literatura popular. Em Caruaru temos exemplos ricos de encenações e de músicas com elementos da realidade como a conhecida peça “O auto das sete luas de barro”. Fazer a releitura das coisas, a partir da linguagem poética, cênica e musical, significa trazer para a experiência escolar atividades dinâmicas e criativas e assim contribuir criativamente com a qualidade do tempo que o jovem/adolescente e adulto, vivem hoje em dia. Colocar esses sujeitos em contato com histórias variadas e autores com estilos diversos; observar o tipo de texto (tragédia, comédia, situações do cotidiano, mistério etc.) que mais chama a atenção do grupo é alguns desses tantos contatos.
       No trabalho com a literatura popular/cordel, podem ser partilhados conhecimentos culturais, históricos, científicos e morais, por exemplo, mas eles não devem ser vistos como objetivo, e sim como conseqüência. O ideal é que os(as) alunos(as) se envolvam com a trama e os personagens e sintam prazer em vivenciar a cultura popular. Com a contribuição da poesia, teatro e da música poderemos:
            .Realizar junto com os (as) alunos(as) um mapeamento dos folguedos populares, festas, autos e outras manifestações folclóricas que possam ser representadas/trabalhadas.
            .Possibilitar o exercício da criatividade a partir da escrita das poesias;
            .Incentivar o grupo a criar suas próprias poesias, encenações e canções, pois partiremos da compreensão de que "Cada montagem é única";
            .Fortalecer a imaginação e a atitude criadora, estimulando a participação dos (as) participantes;
            .Fotografar ou filmar as encenações, construindo material para análise, qualificando a montagem de apresentações;
            .Perceber a importância da música como movimento e expressão viva de interação social.

OBS. O Projeto se adapta a qualquer forma de proposta, quer seja em escolas, empresas, associações e qualquer outra entidade.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

4º BENFOLIA -FESTIVAL DE MÚSICA E FANTASIA CARNAVALESCA

Das 27 músicas apresentadas aos jurados, cantadas ao vivo pelos interpretes com acompanhamento da Banda Benfolia, 12 músicas foram classificadas na grande final do 4º Benfolia, realizado pelo Shopping Benfica. A composição do poeta Guaipuan Vieira, PRA QUE PRESSA, na interpretação de Fátima Mores conquistou o 4º lugar. Para o poeta é uma grande vitória nessa nova experiência de compor marchinha carnavalesca. Guaipuan é autor de outras composição musicais.



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

MEMÓRIA DO CECORDEL



Agostinho Cardoso Neto - Natural de Guaiuba -CE. Nasceu em 22 de outubro de 1929, faleceu em Fortaleza em 11/12/1999. Poeta popular, trovador e escritor. Foi membro de varias agremiações culturais do país, destacando a Academia de Letras Municipais do Estado do Ceará, a UBT - União Brasileira de Trovadores e o Centro de Cordelistas do Nordeste - CECORDEL. Com um rico acervo de trovas e cordéis suas obras foram publicadas em diversas Antologias e na Enciclopédia Brasília de Comunicação.



Trovas inéditas

Eu faço trova todo dia
Que seja inverno e verão
Satisfaço a poesia
E enriqueço o coração.



Quem tem fé em Jesus Cristo
Em Deus e reza em seguida,
nunca será, pois proscrito!...
Viverá a eterna vida.

Quadra

Cristo Nasceu em Belém
Num berço para animal
Mas o seu RG contém
Os termos feliz natal.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

CECORDEL UM PARCEIRO DA


domingo, 12 de fevereiro de 2012

A BANCA NACIONAL DO CORDEL EM FORTALEZA ESTÁ ABERTA ESPERANDO VOCÊ

Olá, poetas do Brasil, do Mundo inteiro. Nossa Banca de Cordel está aberta. Fica na praça Valdemar Falcão, centro de Fortaleza (próximo ao Banco do Brasil). Vamos pintá-la para fica mais atrativa.
O poeta Cicero Modesto está por lá a semana toda. Aos sábados, vamos fazer um movimento por lá. Recitais, Cantoria. Participe, poeta. Você, poeta desta terra: do Cecordel. Aestrofe,. Tupinanquim, Procordel. Poetas não associados. Cheguem por lá aos sábados para a gente se encontrar.

Leiam  o que poeta Modesto escreveu sobre o Cecordel, com seus poetas fundadores e os mais novos.
Ele intitulou a Banca do Cecordel








BANCA DO CECORDEL


Eu peço licença a Deus
Que é o Pai Onipotente
Para escrever em verdade
O que vem na minha mente
Pra eu dizer para quem
Não sabe ficar ciente.

Que no Grupo Literário
Tem especialidade
Pra quem gosta da Cultura
Tendo Força de vontade
Em combinação com outros
Cria uma Sociedade.

Com esta Sociedade
Quem gosta da Poesia
Se conhece bem as Letras
Chama de Academia
Se tiver tristeza acaba
Trazendo só Alegria.

Falo na Literatura
Quem conhece dá valor
Tendo a inspiração
O Poeta e o Trovador
Declama versos tão lindo
Sem precisar Professor.

Dezessete de Dezembro
Onze depois de Dois Mil
O Ano um dia de Sábado
De Escritores do Brasil
Num Livro que recebi
Conheci todo perfil.

Do Escritor Lima Freitas
Frente a Igreja do Rosário
Lá no Palácio da Luz
Recebi lindo Anuário
Do Ano que estar em curso
Cearense Literário.

Livro que dá o perfil
De Entidades Locais
Cordelistas Escritores
Trovadores e outros mais
Que já são reconhecidos
Bem nos Centros Culturais.

Das Entidades que faço
Parte, tive o prazer
De encontrar o meu Nome
No Livro que pude ler
Das três Entidades numa
A essa quero agradecer.

Cecordel que foi criado
Com colocação legal
Bonito Nome, pois este
Vem do Centro Cultural
Cordelistas do Nordeste
No Diário Oficial.

Vi que Guaipuan Vieira
Teve brilhante coragem
De convidar companheiros
Formando camaradagem
Teve uma garra de não
Deixar no meio da Viagem.

No ano de Oitenta e Sete
Brilhou no seu pensamento
Fundou a Associação
Sem ter um constrangimento
Com Companheiros que tinham
Da Poesia o Talento.

Dos Cordelistas que fazem­
Parte na Associação
Lembro que estar meu Nome
De dizer faço questão
CÍCERO MODESTO GOMES
Poeta do Maranhão.

Paulo de Tarço Bezerra
Gomes Filho de Tauá
É de Cordéis Professor
Muito satisfeito dá
Aula para a Juventude
Do Estado do Ceará.

Gerado Carvalho Frota
Pardal é mais popular
Para escrever Poesia
Fica em Primeiro lugar
Com sua Esposa Maria
Vania Freitas de Alencar.

Sendo competente Sócio
Não venho esquecer Elias
Queiroz grande cantador
Também Francisco Alves Dias
Com Rouxinol do Nordeste
Que é Luiz Costa Farias.

João Batista Fontenele
Esse tem um Apelido
Conhecem por Jotabê
Bastante desenvolvido
Tem em toda Fortaleza
Seu Cordel distribuído.

Manoel Moreira Junior
Com satisfação declara
Seu Nome para Imprensa
De fazer verso não para
Cordelista conhecido
Moreira de Acopiara.

Antigamente os Índios
Suas Casas chamavam Ocas
Luiz Carlos Rolim de Castro
Jamais registrou fofocas
Deu um trocadilho no Nome
Se apelidou Lucarocas.

Com Elmo Almeida Nunes
Luiz Dilson de Oliveira
Francisca Valda de Sousa
Mailde Rocha Teixeira
No Papicu, Luciene
Tem Traje de Cangaceira.

Edson Oliveira Neto
Um Companheiro fiel
CordeIista de Mão Cheia
Com Cariri  do Cordel
Horacio Custódio Sousa
Esse é um Menestrel.

Otavio Meneses faz
Versos porque tem prazer
Cumpre na Secretaria
De Cultura o seu dever
Faz Cordel leva pra Aula
Para todo Aluno Ler.

Maria Matilde Mariano
Com a caneta na mão
Com Francisco o sobrenome
Sendo Raimundo Brandão
Foram na luta e venceram
Numa perfeita União.

José Furtado de Carvalho
Tem inspiração divina
Um sócio do Cecordel
Tem boa estrofe e combina
Com as de quem concluiu
O Estudo na Oficina.

Assim eu vou terminar
Com meus Colegas combino
José Lemos de Carvalho
Francisco da Cruz Salvino
E um Filho da Pacatuba
Elizeu de Sousa Paulino.
Posta do pelo Poeta Pardal 13 de fevereiro de 2012

sábado, 11 de fevereiro de 2012

PRA QUE PRESSA - MARCHINHA CARNAVALESCA DE GUAIPUAN VIEIRA-INTERPRETAÇÃO: FÁTIMA MORAES

Marchinhas Carnavalescas de Fortaleza


Música classificada na 4ª edição do “Festival de Marchinhas Carnavalescas”, Benfolia, realiza nesta quinta-feira (9), as 19h, no Shopping Benfica.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Baú do cordel
Prêmio Ceará de Literatura Popular
Poesias de Cordel

Em 1994 foi realizado pela Secretaria de Cultura do Estado do Ceará o Prêmio de Poesia de Cordel, com diz o prefácio da antologia: “ A SECULT quis provar com este concurso a pujança e o vigor da expressão cearense e o conseguiu. Existe toda uma tradição do folheto no Ceará que permanece atualizada nesta amostragem.

São doze poetas de idades, procedências e escolaridades variadas. O traço comum seria o talento, a iniciativa, uma sabedoria ancestral que se manifesta em cada verso.

Trata-se de uma poesia escrita que se perfaz na oralidade. Para ser lida e ouvida nas noites sertanejas, na periferia de Fortaleza, no circuito dos pesquisadores e estudiosos.

O popular aqui é um rótulo que não deprecia sua origem, tampouco cria categorias em relação à norma culta. O popular é o motor da transmissão, desafiando as regras de consumo, as normas impositivas da chamada Indústria Cultural. O popular é o fio de Ariadne que tece essas histórias. Que englobam um tecido mais amplo, de um grande texto marcado pelas experiências de vida, pelas visões de mundo e pelas mitologias cearenses.

O Prêmio Ceará de Literatura Popular foi um pretexto bem sucedido para fazer esta produção vir à tona. Os poetas acolheram de pronto à convocação. O número de inscritos superou as expectativas. Um júri formado por Ribamar Lopes, Itelvina Marly e Renato Dantas surpreendeu-se com a qualidade dos escritos e teve trabalho em selecionar os doze melhores. Que são publicados neste livro por ordem alfabética.

É um conjunto que dá a exata medida das preocupações, dos impasses e das saídas das culturas populares. Um conjunto que diz da importância e a oportunidade da iniciativa e da força e criatividade dos poetas do povo”

Poeta premiados

Afonso Nunes Vieira, Celso Góis Almeida, Expedito Sebastião da Silva,Gerardo Carvalho Frota(Pardal),Guaipuan Vieira, João Bandeira de Caldas,João Batista de Azevedo dos Santos, José Erivan Bezerra de Miveira, José Lemos de Carvalho, José Rogaciano Siqueira de Miveira e Vicente Paulo Lemos.