sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

 


Série Barracões: De volta à Imperatriz, Leandro Vieira traz Lampião para incendiar a comunidade leopoldinense

O carnavalesco Leandro Vieira e a Rainha de Ramos se reencontram depois de três anos agora em uma situação completamente diferente. Primeiro, a Imperatriz está no Grupo Especial e tem trabalhado com afinco para disputar o título da elite do carnaval. E desta vez, diferente do carnaval de 2020 no Grupo de Acesso, o carnavalesco está produzindo um enredo autoral. “O aperreio do cabra que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarida” foi desenvolvido pelo artista e apresentado à diretoria da Imperatriz Leopoldinense. O desfile vai narrar de forma lúdica as aventuras de Lampião após sua morte tentando entrar no céu e no inferno, baseadas em algumas obras da literatura de cordel de José Pacheco e Guaipuan Vieira. Leandro conta como desenvolveu essa ideia de enredo.


“Todos os meus carnavais até aqui pelo menos, eles se debruçam sobre signos de brasilidade, em histórias de brasilidade, e é natural que um artista, que gosta da pesquisa, que gosta da leitura, vá acumulando algumas histórias que ele tem vontade de contar. Como eu sou um apaixonado pela cultura popular e pela brasilidade, é natural que a literatura de cordel desperte a minha atenção. Eu conhecia os cordéis que hoje servem como base para a construção do enredo que eu estou apresentando. Mas na verdade isso acontece de uma maneira muito natural. No mesmo balaio em que eu tirei o besouro do Império Serrano, é desse mesmo balaio que eu tiro o Lampião e os cordéis em torno do destino pós morte dele. Era uma coisa que em alguma instância estava no meu radar. Quando eu encontrei um corpo para apresentar isso, eu fui buscar qual é o contorno melhor para adaptar essa história que já estava no meu radar para ser apresentada para a escola que eu estou que é a Imperatriz”, explica o carnavalesco. 

Dentro da pesquisa em cima da literatura de cordel, Leandro Vieira revela que havia uma quantidade muito expressiva de material para ser apresentado, mas escolheu justamente a história de Lampião para mexer um pouco com a Verde e Branca de Ramos.  “Eu descobri várias coisas interessantes. É um material muito rico, muito vasto. Mas eu achei que para esse momento de chegada na Imperatriz, o ideal seria usar essa energia um pouco caótica do Lampião. Por uma questão artística e por uma questão conceitual mesmo, para dar uma fervida no sangue da escola, para dar uma pitada de delírio, para trazer uma pegada mais quente. Nesse momento eu quis chegar ao enredo que tivesse a capacidade de esquentar a escola”, define o carnavalesco. 
Antes desse retorno à Imperatriz, Leandro realizou seis carnavais na Mangueira no Grupo Especial com dois títulos. No Acesso estreou na Caprichoso de Pilares em 2015, fez o desfile campeão do Império Serrano no carnaval passado e o da própria Nação Leopoldinense vitorioso em 2020. É um carnavalesco que já possui um estilo consolidado. Para este carnaval de 2023, a proposta de enredo, inspirada em literatura de cordel e contando de forma lúdica a história de Lampião, Leandro foge um pouco da temática mais concreta e crítica que teve em boa parte dos seus desfiles na Estação Primeira de Mangueira. Mas o artista garante que seguirá neste desfile apresentando aquilo que faz parte da sua essência, seus gostos artísticos ainda que trazendo um novo componente nesta equação que é a relação com a nova agremiação.

“A Imperatriz me apresenta outras possibilidades de fazer. E eu estou usufruindo, estou desfrutando das possibilidades de fazer que a Imperatriz me apresenta. Mas isso não quer dizer que eu vou me tornar outro artista. Porque eu sou o artista que sou porque gosto de ser. As minhas predileções artísticas, as minhas predileções estéticas continuam. Eu não mudei de escola para me tornar outro. Eu sigo tendo os mesmos interesses, só que com outras possibilidades de fazer. São essas possibilidades que vão me apresentar de uma forma um pouco diferente. Mas, as minhas predileções artísticas continuam as mesmas. Eu não me tornei outro artista. Eu não me tornei o Leandro que vai levar luxo, pluma, quilometragem para a Avenida. Não é isso. Sou o mesmo artista, que levanta os mesmos debates porque sou o artista que sou. E acho que a Imperatriz só contratou o artista que ela conhecia. Eu não fui contratado pela Imperatriz para ser outro. Mas é claro que a escola me dá outra condição de realização, é nessa condição de realização que talvez eu seja outro”, entende o carnavalesco.

Fonte:  https://carnavalesco.com.br/serie-barracoes-de-volta-a-imperatriz-leandro-vieira-traz-lampiao-para-incendiar-a-comunidade-leopoldinense/




quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

PERSONALIDADES HISTÓRICAS DO CEARÁ CANTADAS EM CORDEL

          

O novo livro de Guaipuan Vieira é um passeio pela história do Ceará. O poeta descreve em cordel personalidades que continuam no imaginário de sua gente e de admiradores da história de heróis. O Livro foi lançado na 5ª Feira do Cordel Brasileiro em Fortaleza, a capital do cordel. Contato com autor: guaipuanvieira@yahoo.com.br

sexta-feira, 12 de maio de 2023

Disco Voador Sequestra Humanos

    Em 1976 o poeta Guaipuan Vieira produziu este cordel que narra a história de um casal  de mineiros que foram abduzidos por um disco voador, no Rio de Janeiro.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

A CHEGADA DE LAMPIÃO NO CÉU

  

Os cordéis  A Chegada de Lampião no Inferno de José Pacheco e  A Chegada de Lampião no Céu  de Guaipuan Vieira"   inspiram o enredo da  Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense, para o carnaval de 2023. Estes dois cordéis narram o entrave que o  cangaceiro teve na porta porta do inferno, como  na porta  do Céu.  Salienta-se que no Céu ele é expulso por São Pedro e enviado para o Nordeste que só o cabra da peste com ele se acostumou. 

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

A História do Terrível Pistoleiro Joaquim Leandro Marcial -CATANÃ

               

Outra vez com minha rima

Um dom de Deus concedido

Venho descrever história

De um terrível bandido

Pistoleiro perigoso

E no Nordeste temido.

 

Joaquim Leandro se chama

Sobrenome Marciel, 

Mas na dupla identidade

Por ser sujeito infiel,

Francisco de Assis Brasil,

Outro registro em papel.

 

Em São João do Rio do Peixe

Na Paraíba o estado,

Bem perto de Catolé

Um município afamado

Catanã nasceu, criou-se

Foi vendo o crime ao seu lado.

 

Seu pai era um agricultor

Lá naquela região

Moço calmo e bem querido

Daquela população,

Mas cobiçaram sua terra

Que gerou uma confusão.

 

Terreno apegado ao seu

Um sujeito então comprou

E com falso documento

Bem rápido apresentou

Para o pai de Catanã

Que perplexo ele ficou.

 

Aquele vizinho novo

Com o coração de maldade

Disse ao moço agricultor

Terra doutro não se invade

Sou dono de trinta braças

Documento é a verdade.

 

O velho partiu pra cima

Daquele desaforado

Com foice na direção

Pra não ser desrespeitado

Mas um tiro de revólver

Recebeu pra ser finado.

 

Catanã adolescente

Viu seu pai assassinado

E entre o manto da tristeza

Vingança fui resultado,

Mês depois o desafeto

Matou por ser obrigado...


Este cordel foi lançado na Bienal do Livro em Fortaleza, em 2022.

É composto de 31 estrofes - Edição Cecordel. Leia também:

http://amlece.blogspot.com/2007/12/as-faanhas-do-pistoleiro-catan-por.html







sábado, 12 de fevereiro de 2022

CORONAVÍRUS-O APOCALIPSE DO SÉCULO XXI

O poeta cordelista Guaipuan Vieira foi rápido e escreveu o cordel Coronavírus O apocalípse do Séc. XXI.  É um cordel com oito páginas, edição Cecordel, 26/03/2020.

                                                                                                                    

 

sábado, 8 de maio de 2021

  •   CICLO DE CARTAS NA LITERATURA DE CORDEL

Observando a produção de cordéis do poeta Guaipuan Vieira há vários ciclos, destacamos cartas.

   


http://www.cecordel.com.br