quinta-feira, 27 de outubro de 2011

  Forrozão do Guaipuan - Canto Sertanejo


Aos sábados às11h, na Rádio Pitaguary 
-1340 Khz.(85)3382.2222



Um programa eclético, voltado à música sertaneja nordestina. Ao legítimo forró pé-de-serra. A informação precisa, os "causos", poemas matutos e a canção de viola.

Cantar o verso que canto
É descrever do sertão:
Perneira,cela e gibão,
Vaqueiro tendo espanto
Por presenciar encanto
a cena mais comovente
Do barbatão tão valente
que cega o seu vaqueiro
É nordeste brasileiro
Sertão,viola e repente.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

POESIA E PRODUTO: CULTURA E MERCADO DE CORDÉIS DE CIRCUNSTÂNCIA EM FORTALEZA

DADOS DO AUTOR PRINCIPAL
Nome: ALYNE VIRINO
Email: alynevirino@bol.com.br
Formação: Aluno(a) de Mestrado
Instituição: UECE - Universidade Estadual do Ceará
Co-autores: ERICK DE ASSIS

RESUMO

     A pesquisa apresentada envolve como temática abrangente a Literatura de Cordel e delimita-se aos folhetos chamados “cordéis de circunstância”. Com poesias criadas sobre a história imediata de Fortaleza, estes folhetos assumem dinâmicas referenciais para a cultura e sociedade, mas também se voltam ao mercado de produção de cordéis, como um mercado cultural. Duas instituições são estudadas como representativas desta dinâmica: o Cecordel - Centro Cultural de Cordelistas do Nordeste e a Editora Tupynanquim. Estas produtoras estabelecem características do discurso dos próprios cordelistas como criadores, produtores e editores que possuem consciência do seu campo, do seu mercado, da sua valorização mercantil e cultural diante da sociedade onde está inserida esta temática da Literatura de Cordel. A escolha por estas instituições é justificada através da análise das fontes, orais e impressas, apresentadas, pois em seu discurso estas possuem características distintas entre si, mas ambas aproximam suas temáticas e suas intenções editoriais ao “mercado” da notícia. A notícia então, não circula apenas entre os meios de comunicação, circula em forma de poesia impressa em folheto: o cordel. O discurso sobre a temática de circunstância do Cecordel e da Tupynanquim, apresenta-se como ideológico sobre a importância e função cultural do produto para a capital cearense, contudo assemelha-se a um discurso mercantil, pois ambos relacionam suas opiniões com a capacidade comercial de cada instituição. Sendo assim, o Cecordel busca vendas para o sustento da instituição coloca o valor cultural, social e patrimonial dos cordéis de circunstância como referencial e não das temáticas clássicas, sobre romances e lendas, entretanto, não possuem o direito de reproduzi-los; já a Tupynanquim possui o direito de republicação de antigas temáticas clássicas e coloca a temática de circunstância justamente como passageira e efêmera diante a tradição dos clássicos. Refletimos assim sobre esse discurso atrelado ao valor simbólico e mercantil envolvendo a literatura de cordel. E também sobre uma consciência e atuação no mercado da informação, tendo assim, sempre presente nas temáticas de circunstância motivos sensacionalistas, no sentido de grande repercussão, como tragédias, crimes, escândalos políticos, explorados intensamente e divulgados com destaque pelos meios de comunicação de massa, que são as fontes de inspiração e informação dos cordelitas. Impasses e semelhanças que constituem o mesmo grupo cultural, demonstrando as renovações constantes que se passam nos campos específicos, como o da cultura popular, e que fazem parte de uma cultura também de consumo adaptada constantemente aos novos interesses da sociedade.