terça-feira, 29 de março de 2011

José Alencar o gladiador da vida


José de Alencar nos deixa

Um grande exemplo de vida
Sempre teve a alma contida
De amor e perseverança;
Cansou de driblar a morte
Pra provar que a nossa sorte
Se encontra na esperança.



Homem de espírito público
Na vida um grande guerreiro
Empreendedor parceiro
Pra termos justa nação;
Governo e setor privado
Trabalhando ao mesmo lado
Tinha esta concepção.

As questões nacionais
Com interesse ele olhava
O errado criticava
Deixando sua sugestão;
Foi um crítico muito atento
Sem deixar ressentimento
Para o chefe da nação.

Otimista permanente
Suportando sua cruz
Mas seu espírito de luz
Detinha seu sofrimento;
Mostrava que a provação
É provar resignação
Para o Pai do firmamento.

terça-feira, 22 de março de 2011

Poetisa Vânia Freitas lança "Com o Pé em Limoeiro"

     Vânia Freitas de Alencar da verve dos Alencares estará lançando em Limoeiro do Norte (CE) o seu segundo livro. Desta vez no gênero literário bem nosso, a literatura de Cordel. Um livro bastante simpático de se ver e agradável de se ler. De capa muito simples e de conteúdo bastante convidativo para a leitura.
     Divididido em duas partes. Na primeira, a autora traz à memória figuras, tipos, brinquedos, personagens e tantas outras realidades versejadas bem ligeiras no dizer dela. Lembra a canaubeira, o sapo durante invernos limoeirenses, D. Aureliano, Meton Maia e Silva, o jornalista que colocou o vale jaguaribano na boca do mundo.

     Na segunda parte, um pouco da história de Limoeiro.São 31 páginas que contam, em setilhas, a grandeza da história desta cidade construída dentro do vale, banhada pelos rios Jaguaribe e Banabuiú. Uma cidade que já andou se afogando e agradece muito a Deus ser seus invernos benevolentes

      Parabéns à poetisa. Parabéns duas vezes. Pela idéia de homenagear a terra que adotou como sua, mas que é o chão dos seus pais e avós. E pelo prêmio "Alberto Porfírio"(literatura de cordel) promovido em 2010 pela Secretaria da Cultura - Secult  - do Estado do Ceará..

 A obra conta com ilustrações de André Arte, editoração e publicação de La Barca Editora

Veja o que verseja o poeta Guaipuan, presidente do Cecordel sobre a autora e sua obra:

Vânia na metamorfose
Da ninfa da poesia
Dedilha a lira e exalta
O verso com pimazia
Que a Natureza em silêncio
Escuta com maestria.

É poetisa fecunda
De verso que tem conceito
Lavras de eterna poética
Que os deuses lançam do leito
E extasiam seus oráculos
Para o verso ser perfeito.

Vânia é esta poetisa
Que conquista o seu espaço
Bebe na fonte da rima
O verso em seu compasso
E brota seus sentimentos
Na rima sem embaraço.

Puxe a cadeira e se abanque
Leia a farta produção
Desta sábia poetisa
Que das veias do coração
Fez brotar este tesouro
Falando do seu torrão.

Gauipuan Vieira
Pres. do Centro Cultural dos Cordelistas do Nordeste - Cecordel
 _________________

Sobre a autora

            Vânia Freitas de Alencar nasceu em Fortaleza, mas cresceu em Limoeiro do Norte, onde passou 20 anos de sua vida. Graduou-se em Letras pela Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos ( FAFIDAM), e fez pós-graduação em Desenvolvimento Técnico pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Aos 62 anos, publica “Com o pé em Limoeiro”, seu segundo livro. Desta vez, a obra  traz a  literatura de cordel como gênero. O primeiro livro, de memórias, conta a história da família Freitas. Além da literatura, Vânia também se dedica à pintura e ao teatro.
_________________________

Serviço:
Lançamento: “Com o pé em Limoeiro”
Onde: Academia Limoeirense de Letras
Quando: 02 de abril de 2011, às 19h30min

Contatos:
Vânia Freitas de Alencar (autora): (85) 3491.8629 / (85) 8783.4661

----------------------------------------

Limoeiro do Norte é destaque em livro premiado pelo Governo do Estado

Será lançado, no dia 02 de abril, o livro “Com o Pé em Limoeiro”, de Vânia Freitas de Alencar.  Neste primeiro momento, o lançamento acontece na cidade que dá nome à obra. Em breve, a autora promoverá lançamento também em Fortaleza. O livro é uma das obras agraciadas com o I Prêmio Literário para Autores Cearenses, do Governo do Estado.
            Limoeiro do Norte, interior do Ceará. A 200 km de Fortaleza, a menina brincou, estudou, cresceu e guardou incontáveis recordações. A infância e adolescência de Vânia Freitas de Alencar passaram pela saudosa praça da cidade, pelo sereno rio Jaguaribe, pelo colégio de freiras Patronato. Embaixo de uma carnaubeira ou em cima de uma bicicleta, Vânia foi trilhando caminhos que estão quase sempre entrelaçados à própria história da cidade. Agora, muitos fragmentos que, até hoje, permanecem na memória da autora podem ser conferidos na obra “Com o pé em Limoeiro”. O lançamento acontece no dia 02 de abril, às 19h30min, na Academia Limoeirense de Letras.
            O livro é dividido em duas partes. Na primeira, Vânia versa sobre pessoas, lugares ou objetos que nos remetem logo de cara a Limoeiro do Norte. Quem conhece a cidade sabe, por exemplo, a importância do Colégio Diocesano ou de Dom Aureliano Matos. Pessoas que marcaram a vida pessoal da escritora também se fazem presentes nas páginas, como os avós Luiz Alves e Maria José de Freitas. Na segunda parte do livro, os leitores podem conhecer a história da cidade em si. Em 96 estrofes de cordel, estão a origem, os costumes e as tradições daquele povo.  
            A obra conta com ilustrações de André Arte, editoração e publicação de La Barca Editora.  “Com o pé em Limoeiro” só foi concretizado graças ao incentivo da Secretaria de Cultura do Ceará. O livro foi vencedor do Prêmio Alberto Porfírio (literatura de cordel), uma das categorias do I Prêmio Literário para Autores Cearenses, promovido pelo Governo do Estado em 2010. Na ocasião, o Governo garantiu a maior premiação para a literatura na história do Ceará. Foram 110 autores contemplados com uma premiação total de dois milhões de reais.  
 ****************************
postado pela filha da autora, a jornalista Rute de Alencar   
Biografia (JUVENAL GALENO)

(1836-1931)

Citado como "o pioneiro do folclore no Nordeste", a poesia romântica de Juvenal Galeno extrapola o lirismo de caráter pessoal, para cunhar uma dicção popular, de sabor interiorano, em que retrata o Brasil dos pequenos e dos simples. A originalidade do poeta, em sua época, vai ainda para o reaproveitamento da tradição trovadoresca, através das trovas e quadras anônimas. Embora a paráfrase seja parte pequena da obra poética de Juvenal Galeno, esse é o timbre principal de sua criação, "representar o povo brasileiro ".

Observador atento dos costumes do interior, do sertão às praias, Juvenal Galeno sempre quis ser um poeta popular, embora a afirmação de alguns historiadores de que tenha seguido orientação de Gonçalves Dias, quando de sua passagem pelo Ceará em 1859. O fato é que o primeiro livro do então jovem poeta, com 20 anos de idade, teria dado motivo a Gonçalves Dias para dizer-lhe que deveria seguir a poesia popular.

"Prelúdios Poéticos" é de 1856, livro típico do Romantismo, mas a indicação estética de que se valera Gonçalves Dias para orientar o jovem está lá, através de alguns poemas de sabor popular, como A Noite de São João, A Canção do Jangadeiro, Cantiga do Violeiro. Poesia simples, coloquial, mas sem chegar à oralidade de um Catulo da Paixão Cearense ou de um Hermes Vieira, a obra de Juvenal Galeno teria o seu ponto alto, já na maturidade do poeta, com o lançamento de Lendas e Canções Populares, de 1865, e com uma nova edição em 1892, acrescida de Novas Lendas e Canções.

Juvenal Galeno da Costa e Silva nasceu em Fortaleza no dia 27 de setembro de 1836, filho de próspero agricultor, José Antônio da Costa e Silva. Os primeiros estudos foram feitos em Pacatuba e Aracati, e as Humanidades no Liceu do Ceará, já de volta a Fortaleza. O pai queria o filho trabalhando na área agrícola e por isso o manda estudar "assuntos de lavoura" no Rio de Janeiro, de preferência em fazendas de café.

Parece que ao se tornar amigo de Paula Brito, proprietário da famosa tipografia na época, chegou a conhecer Machado de Assis, Quintino Bocaiuva e Joaquim Manuel de Macedo. E sua colaboração literária não tardou a aparecer na revista Marmota Fluminense, onde escrevia Machado de Assis. Quando volta ao Ceará, Juvenal Galeno traz impresso o seu primeiro livro de poemas, feito, possivelmente às custas do poeta, na Tipografia Americana, do Rio. As manifestações críticas são favoráveis, apontando Mário Linhares e Antônio Sales como sendo Prelúdios Poéticos "o marco inicial da literatura cearense".

Um dos fundadores do instituto da Ceará, Patrono da Cadeira nº 23 da Academia Cearense de Letras, Juvenal Galeno, ainda em vida, vê as duas filhas, Henriqueta e Juliana, criarem a Casa Juvenal Galeno, dedicada a assuntos literários e culturais. O poeta, que ficara cego em 1906, por causa de um glaucoma, morre de uremia em Fortaleza no dia 7 de março de 1931, aos 95 anos de idade.

Fonte:
http://www.revista.agulha.nom.br/galeno.html
EM TEMPO:

A poesia de Hermes Vieira está entre as 10 melhores obras do Piauí.



Confira Link:

 http://www.procampus.com.br/vestibular/literatura_piauiense.pdf


FORROEMVINIL RESGATA COMPOSIÇÃO DO POETA HERMES VIEIRA


A música intitulada Coco daqui foi composta em 1979, pelo poeta Hermes Vieira, em Teresina-Pi, no Bar Carnaúba, ocasião do encontro com o compositor, cantor e radialista Coronel Narcizinho, também piauiense mas radicado no Rio de Janeiro. Confira no Link forrovinil:

http://www.forroemvinil.com/coronel-narcizinho-forro-no-cerrado/
  



Narciso Gomes da Silva(Coronel Narcizinho)       Iniciou a carreira de radialista em 1947. Em 1957, teve o coco "Cabo João", parceria com J. Mendonça, gravado por Zé Fernandes, na Sinter. No início dos anos 1960, apresentou na Rádio Mayrink Veiga do Rio de Janeiro o programa "Alvorada sertaneja". Em 1960, teve o forró "Unha de gato", parceria com Adolfo Pereira, gravado por Adolfo do Acordeom, pela Sertanejo. No mesmo ano, lançou o LP "Entardecer no sertão", pela Chantecler. Em 1961, gravou o baião "Jurei me vingar", parceria com Elias Soares e a valsa "Marina", com José Cenília. No mesmo ano, teve o choro "Noca no choro", parceria com Noca do Acordeom, gravada pelo próprio Noca do Acordeom. Em 1962, Mineirinho gravou ao acordeom, o choro "Pé na tábua", parceria com Mineirinho, e Geraldo Nunes gravou, na Continental o rasqueado "As três Marias", parceria dos dois. No mesmo ano, gravou pela Caboclo, o coco "Os cabelos de Maria", para o qual fez os arranjos e o valseado "Caboclinha", parceria com Passos e Passinho.

*26/6/1922 Piauí





      Ainda em 1962, lançou o LP "Lembrança da Hora sertaneja", pela Discobrás, no qual interpretou, entre outras, a valsa "Marina" e o baião "Ela é", parceria com Pereirinha e José Reis e a poesia musicada "Jura de caboclo", com Pereirinha, além de contar com participações especiais das duplas Dupla Zoológica e Rancheiro e Rancheirinho. Nesse ano, teve a composição "Cruzaltense", parceria com José M. Guimarães gravada pelo músico gaúcho José Mendes no LP "Passeando pelo pago" lançado pela Continental.

      Em 1978, lançou pela Aladdin/K-Tel o LP "Forró no cerrado". Também destacando a música COCO DAQUI, em parceria com o poeta folclorista e indianista Hermes Vieira. Em 1981, completou 5 anos de apresentação na Rádio Guanabara do programa "Crepúsculo na fazenda" levado ao ar de segunda a sexta-feira das 16 às 18 h. Em 1982, participou do disco "Os guardiões da música sertaneja", no qual interpretou os baiões "Meu sertão" e "Ai, Piauí", de sua autoria com Miliano e Hamilton de Oliveira.



Fonte: Instituto Cultural Cravo Albin
FINEP

terça-feira, 1 de março de 2011

ADEUS A MUNIZ GONZAGA


Faleceu em 22/02/2011 a irmã de LUIZ GONZAGA Dona MUNIZ Mãe do cantor, compositor e sanfoneiro JOQUINHA GONZAGA

Raimunda Januário dos Santos nasceu no dia 25 de junho de 1923 na Fazenda Caiçara em Exú – Pernambuco. É filha de Januário José dos Santos (Pai Januário) e de Ana Batista de Jesus (Mãe Santana). Raimunda ficou sendo chamada pelos irmãos de Muniz e para os fãs de Gonzagão  e todos que conheceram chamavam-na de Dona Muniz. Ela era a segunda irmã de Luiz Gonzaga.
MUNIZ GONZAGA partiu
Para a nova dimensão
Foi atender o chamado
De Deus Pai da criação
E aproveitar pra rever
O seu mano Gonzagão.

Enlutado o coração
Transmitimos a mensagem
Mas lembrando que seu nome
Mantém a grande postagem
No Nordeste Brasileiro
Na mais longínqua paragem.

EM TEMPO:

O poeta e radialista Guaipuan Vieira prestou sábado dia 04/03/2011, na Rádio Pitaguary- AM, no programa CANTO SERTANEJO (forró pé-de-serra), homenagem a Dona MUNIZ e Almira Castilho. Chiquinha Gonzaga (Muniz), a exemplo dessa rica plêiade de bons sanfoneiros, continuarão na posteridade, graças aos programas de forrós nas rádios AM, do Nordeste brasileiro. Mas algo deve ser feito no sentido de conquistar também o público jovem, ao contrário corre rico de no futuro, ser apenas um fato histórico.

Contato: guaipuanvieira@yahoo.com.br
Rádio: http://www.radiopitaguaryam.com/

 
Morre Almira Castilho

    A cantora e compositora Almira Castilho, viúva e parceira de Jackson do Pandeiro, morreu na madrugada de sexta para o sábado, em sua casa, no bairro da Boa Vista, no Recife.Almira faria 87 anos em setembro. Ela sofria do Mal de Alzheimer, mas, segundo a irmã Maria das Mercês, Almira estava se sentindo bem nos últimos dias. “Ela morreu como passarinho”, diz Mercês.

Segundo o cantor Silvério Pessoa (que em 2005, gravou o disco Micróbio do Frevo, com músicas de Jackson), a morte de Almira representa a perda do último elo com a vida de Jackson: “Era o último laço vivo que tínhamos com a vida de Jackson do Pandeiro. Era ela quem guardava sua memória”, lamenta.

Fonte: Diário de Pernambuco