“A literatura de cordel, nos dias atuais, é uma rica ferramenta pedagógica de incentivo à leitura e à oralidade dos séculos, levando-nos a ser leitores fluentes e críticos no universo prosaico” (GUAIPUAN VIEIRA).
Hoje, é a vez do lançamento da caixa "Heróis e Mitos das Américas", também da editora Tupynanquim. Organizada pelo poeta, quadrinhista e editora Klévisson Viana, ela reúne 12 folhetos, cada um trazendo um perfil em versos de uma personalidade transgressora.
"Esta é uma ideia que tenho faz tempo. Vejo esta caixa como um primeiro volume", revela Klévisson Viana. Para explicar a proposta, ele recorre aos versos que ilustram a contracapa do box: "É o cordel contribuindo/ com o resgate da memória/ideias que embalam sonhos/e traçam uma trajetória,/destes heróis e rebeldes/que fizeram nossa história!".
A caixa reúne os folhetos a respeito de personagens da história do Ceará, mas também de fora do Estado e mesmo do País, caso de Chico Mendes e Che Guevara. Os títulos presentes na coleção são "Che Guevara - Nas trilhas da liberdade", de Lucarocas; "Padre Ibiapina, o apóstolo do Nordeste", de Aldo Viana, "Antônio Conselheiro, o revolucionário de Canudos", de João Firmino Cabral e Ronaldo Dória Dantas; "Tiradentes, um sonho de liberdade", de Zé Maria e Arievaldo Viana; "Chico Mendes, o defensor da floresta", de Horácio Custódio de Sousa; "A incrível história de Emiliano Zapata e a revolução mexicana", de Paiva Neves (que além de poeta, é sindicalista; "Abraham Lincoln, o inesquecível presidente dos EUA", de Guaipuan Vieira; "Simon Bolívar, o libertador da América", de Jorge Furtado; "Anita Garibaldi, heroína em dois continentes", de Evaristo Geraldo da Silva; Martin Luther King, símbolo de liberdade e igualdade das Américas", de Vânia Freitas e Pardal; "Luiz Carlos Prestes, o cavaleiro da esperança", de Antônio Queiroz de França; e "Dragão do Mar, herói da Terra da Luz", de Klévisson Viana. O título escrito por Klévisson é o único da caixa que já foi publicado, por ocasião da inauguração da estátua em homenagem ao jangadeiro Chico da Matilde, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.
Fonte: Caderno 3 -Diário do Nordeste