CHICO SALVINO, O POETA DE MESSEJANA
Ah
vida que todos têm,
Ah vida que
poucos levam!
Vida que muitos
agregam
Sem a sorte que
convém.
Guaipuan vieira
Recentemente visitei o poeta Chico Salvino. Apesar do mal de Parkinson, que dificulta seus movimentos, a memória está
preservada. Ficou muito feliz, como era de se esperar. Pensava que se achava
esquecido dos amigos poetas. Contou causos e recitou poemas. Salvino
nasceu e se criou na localidade de Fechado em Acopiara, Ceará, em 17 de
agosto de 1948. Começou a carreira poética escrevendo letra musical, mas sem
obter êxito. Em 1977 mudou-se para Fortaleza. Nos anos 90, tomou conhecimento
do Cecordel e a partir de então foi
aconselhado a escrever cordel. Aceitou o desafio. Tem uma produção de 60
títulos e alguns inéditos. Em 2001 conquistou o 1º lugar no Concurso de Literatura de Cordel, realizado pela Casa de Juvenal Galeno, em homenagem
aos 100 anos de nascimento do poeta Jáder
de Carvalho.
Senhor Jáder de carvalho
Um homem de grande porte
Conheci sua luta forte
E hoje não me atrapalho
Pois o assunto eu espalho
Para ter repercussão
Ele que veio do sertão
Soube se qualificar
E homenagem vai ganhar
De quem vive neste chão (...)
Prosando comigo
“Eu nasci em Acopiara
Porém moro em
Fortaleza
Terra de muito caju;
Meu bairro é
Messejana,
Mas piso em toda
semana
Nas terras do
Guajiru.”
*****
“Minha cabeça está
branca
Mas confesso não
pintei,
O tempo se encarregou
Uma verdade eu bem sei.
A natureza nunca erra
Bota agente na Terra
E depois devolve ao Rei.”
(Entrevista com o poeta Guaipuan Vieira, para Rádio Pitaguary-1340 KHZ)
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