sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

CORDEL MARANHENSE


A poetisa Maria do Rosário Pinto, é possuidora de um rico véio poético. Descreve o cotidiano através das ricas rimas da poesia popular. É um nome que ganha destaque na plêide nordestina de mulheres cordelistas. Para tanto, ocupa uma cadeira na Academia Brasileira do Cordel e compõe a equipe da Biblioteca Amadeu Amaral/CNFCP/IPHAN/MinC, onde podemos encontrar ricos acervos através do Postal http://www.cnfcp.gov.br/  Registramos da poetisa algumas estrofes referente aos Apagãos de 2009 e 2001.

“Se pudesse eu chegaria
Suave como uma mosca
Nas entranhas do Planalto
Desatarraxando a rosca
Onde o que é para o povo
Esbarra em promessa tosca.  
Vamos voltar para o tempo
Com a luz de lampião
Que afeta nossa vista
Estragando o nosso pulmão
Tudo como conseqüência
Deste maldito apagão.

No ponto em que nós chegamos
Que Deus pena de nós tenha
Adeus dona ecologia
Na cozinha eu uso lenha
Cada um faça o que pode
Da forma que lhe convenha

Para cumprir a medida
Inventaram uma meta,
No consumo lá de casa,
Parece coisa incorreta
Bisbilhotando a vida
De quem anda em linha reta.

Até o nosso São Pedro
Recebeu sua incumbência
Providenciar que chova
Pela divina clemência!
Assim ficou de plantão
Sem perder a paciência”.
                                                      Fonte: Cecordel 

Um comentário:

  1. Olá Guaipuan e poetas da Cecordel,
    Obrigada pelo carinho e pela consideração, todos vocês são muito gentis. Mas, ainda não sou poeta, tenho cometido alguns versos.
    Com carinho,
    Maria Rosário Pinto

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