A poetisa Josinéia Sousa dos Santos, de
Feijó-Acre, presta homenagem ao povo acreano, com este poema intitulado  ACREANO
EM CORDEL. É a literatura de cordel em todo o continente brasileiro.
Lemos:
Se existe um lugar bonito 
Igualmente as ciganas, 
Para falar é preciso 
São as terras acreanas, 
O céu sempre é mais azul 
Os campos são verdes
canas. 
A terra é apropriada 
Pra diversas plantações, 
Nosso estado é amado 
Mora em nossos corações, 
 A gente acorda ouvindo 
Do sabiá as canções. 
Aqui como é lindo é belo 
Terra de rara beleza, 
O Acre
é verde e amarelo 
É rica a mãe natureza, 
A chuva molha o telhado 
E cai no chão com leveza. 
Por nossa linda floresta 
Sei que o acreano chora, 
Ela é um grande tesouro 
Não tem quem a ignora, 
E o acreano é feliz 
Por que o pai Deus adora. 
Se quiseres passear 
Num lugar apropriado, 
Queira um pouco pensar 
Venha para o nosso estado,
Pois o Acre é mais bonito 
Do que dia ensolarado. 
Na floresta tudo é calmo 
Tudo, tudo é natural, 
As águas do rio não vão 
Fazer-lhe sequer um mal, 
E o que mãos nos admira 
É esse mundo vegetal. 
É uma vista elegante  
De tranquilidade e paz, 
A fauna e aflora junta 
O mais belo par se faz, 
As sombras esfriam o corpo
E o vento o cheiro traz. 
Em todo esse Acre amado 
Mora um povo de bem, 
Acolhe sempre os humildes 
E o estrangeiro também, 
Pois é com a humildade 
Que na vida vai-se além. 
Aqui existem florestas 
Lindos rios e cachoeiras, 
O Acre
traz em seus olhos 
Divertidas brincadeiras, 
E vivem
bem as pessoas 
Duas vezes brasileiras. 
E também perto das matas 
O amigo seringueiro, 
Traz as mãos cheias de
calos 
Coração de companheiro, 
Mas vive ali sossegado 
Sem cobiça de dinheiro. 
E vivemos todos nós 
A cobiça não me engana, 
Mora o rico em seu palácio
O pobre em sua choupana, 
Prevalece o meu orgulho 
De eu ser uma acreana. 
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