O CORDEL
• Prof. Oswald Barroso
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvacRfWDyaX6AXTu27EirtLbGj77la66QRi0d2yosXcBTwMZzQOkCwKXw8NCAvZ0B4B1m1t55DFzWpkB_FkUL4Szld3GWQ0DRDcaRBg6xiy4vKMSJ4aUGNIAc8UonzfwPcMMAGX0rpgNc/s320/Encontro+de+poetas+Banca+do+Cordel.jpg)
_____________________
• FONTE: Sinf Secult(Sistema de Informação da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará). Relatório de Listagem de Patrimônio Imaterial. (www. sinf.secult.ce.gov.br)
nomes como Abraão Batista, os irmãos Bandeira, Hamurabi Batista , Francisco Zênio, entre outros. Há alguns anos foi criada a Sociedade dos Poetas Malditos, que reune, entre poetas de verso livre, alguns cordelistas da nova geração juazeirense. Na vizinha cidade do Crato o movimento em torno do Cordel ganhou reforço depois da criação da Academia do Cordel do Crato composta por 25, poetas, tendo à frente o cordelista William Brito A cidade de Potengi vem dando sinais de vitalidade com a criação da Academia dos Cordelistas de Potengi, instituída em 2005, agasalhando l5 cordelistas, tendo à frente Marco Aurélio Rodrigues. Virando o mapa, seguindo para Itapajé vamos encontrar outro núcleo promissor, implantado por Francisco Sérgio Magalhães, artista, poeta de cordel, com vários folhetos editados e um trabalho cultural bem articulado nas escolas da comunidade, envolvendo poesia popular, xilogravura, música, teatro de rua e circo. Fortaleza, enquanto cidade metropolitana aglutinadora de movimentos artísticos de natureza diversa, acolhe grande número de cordelistas os quais participam ativamente através de entidades como o Centro Cultural dos Cordelistas do Estado do Ceará – CECORDEL, cujas reuniões são realizadas aos primeiros sábados de cada mês, na Casa de Juvenal Galeno. A Academia Brasileira do Cordel – ABC, a Tupynanquim Editôra e a Sociedade dos Poetas de Maracanau – SOPOEMA. Em torno dessas entidades circulam poetas experientes como Guaipuan Vieira, Paulo de Tarso, Gerardo Carvalho Frota (Pardal), João Batista Fontenele (Jotabê), Otávio Menezes, Lucarocas, Chico Salvino, Vânia Freitas, José Furtado, Édson Neto, Pedro Paulo Paulino, Klevisson Viana, Rouxinol do Rinaré, Francisco Ribeiro, Jesus Rodrigues Sindeaux, Arievaldo Viana, Vidal Santos, Zé Maria de Fortaleza, entre outros. Sem ligações diretas com entidades podemos citar os nomes de Jair Moraes, Marcos Silva, José Leite de Oliveira Junior (Leite Jr.), Fernando Paixão, José Anchieta Dantas Araújo e Gadelha do Cordel. Independente de vinculações institucionais todo esse movimento abriu caminho para ampliar o comércio do folheto de cordel, iniciado, em Fortaleza, no final da década de 80, pelo mencionado Cecordel quando instalou, no centro da cidade, uma banca especializada em folhetos. A iniciativa foi seguida pelos integrantes da Tupynanquim que mantiveram, durante algum tempo, um grande acervo de folhetos para vendas num quiosque de atendimento ao turista, administrado pela Prefeitura, na Praça do Ferreira. Esse ponto foi desativado pela Prefeitura mas um variado sortimento de folhetos de cordel, da produção local, pode ser encontrado em bancas de revistas no centro da cidade entre as quais a Banca do Humor, na referida praça. A Tupynanquim optou pela comercialização avulsa espalhando seus produtos por bancas de jornais e mantendo presença sistemática nos principais eventos culturais de Fortaleza e de outros estados. O Cecordel mantém um ponto de venda, a “Banca Nacional do Cordel”, instalado, com apoio da Fundação Demócrito Rocha, no Largo dos Correios, mas já apresenta sinais de decadência não tendo ali, pelo que se observa, o grosso da produção local e há muito não consta em suas prateleiras trabalhos dos próprios poetas que são membros da entidade.